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Você sabe o que é sarcoma?

 

Pequenos caroços, que podem surgir em qualquer parte do corpo e chegar quase ao mesmo tamanho de uma bola de pingue-pongue, não costumam despertar a atenção necessária. Tratados muitas vezes erroneamente, eles podem, na verdade, ser sarcomas, um grupo de tumores raros que acometem todas as faixas etárias. Como o diagnóstico muitas vezes é difícil, a oncologista Bruna David, da Oncoclínicas Rio de Janeiro faz um alerta: “Precisamos dar mais visibilidade ao tema. Todo e qualquer nódulo, principalmente os que crescem, precisam ser investigados precocemente. Muitos ‘carocinhos’ são avaliados por médicos que não estão acostumados com esse tipo de tumor”.

 

Segundo a especialista, o auto-exame é uma ferramenta indispensável para o diagnóstico precoce, fundamental para o tratamento. Quanto menor o tamanho do sarcoma ao se iniciar o tratamento, melhor. O cirurgião-geral costuma ser o profissional procurado em um primeiro momento. Mas, na suspeita de malignidade, uma biópsia é o procedimento indicado para o diagnóstico definitivo. A partir daí, é recomendado procurar uma equipe multidisciplinar com experiência em sarcoma. “Há vários tipos de sarcomas, entre eles os ósseos e os do trato gastrointestinal. É um grupo heterogêneo, composto por mais de 100 subtipos”, esclarece a oncologista.

 

Os sarcomas podem acometer qualquer parte do corpo, tendo maior incidência no tronco, braços e pernas. Sarcomas ósseos, diz Bruna, costumam atingir mais crianças e adultos jovens. Geralmente, a doença começa com o surgimento de um “carocinho” que cresce continuamente, de forma dolorosa, ou não. A médica lembra ainda que não existem fatores de risco para o sarcoma. “Há algumas síndromes genéticas familiares associadas, exposição a algumas substâncias químicas, mas são raridade. O mais comum é o sarcoma esporádico, sem antecedente causal”, esclarece.

 

O refinamento das técnicas de diagnóstico e classificação dos diferentes subtipos vem contribuindo para um melhor entendimento e tratamento da doença. Nos últimos anos, surgiram mais subtipos e novas terapias-alvo para tumores com mutações específicas resistentes a linhas prévias de tratamento.

 

Bruna David ressalta que a metástase é mais comum nos pulmões. “Mas dependendo da histologia pode acontecer também no Sistema Nervoso Central (SNC), ossos e em outros órgãos”.

 

As chances de sobrevida dos pacientes é alta. “Com diagnóstico precoce e tratamentos adequados, o paciente pode ter uma sobrevida que supera os 70%”, afirma a médica.

Segundo a oncologista da Oncoclínicas Rio de Janeiro, uma das novidades é o uso de biópsia líquida para detecção e tratamento de diversos tipos de tumores, principalmente, os GISTs – tipo raro de tumor do trato gastrointestinal. A médica também destacou que hoje existem técnicas adaptadas de radioterapia que vêm se mostrando eficazes no controle da doença metastática, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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