Niterói: Morre bebê que teve queimaduras em hospital – Povo na Rua
         

Niterói: Morre bebê que teve queimaduras em hospital

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A bebê de seis meses que sofreu queimaduras no Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, morreu na última sexta-feira. Juliana Duarte Anastácio teve 37% do corpo queimado. A causa da morte está sendo investigada, segundo a unidade. Com meningite e microcefalia, a bebê precisava de internações frequentes. No dia 18 de agosto, a mãe, Luara dos Santos, encontrou a filha toda enfaixada, depois de ir em casa para tomar banho e trocar de roupa. As queimaduras atingiram as pernas, barriga, nádegas e parte das costas da menina.

A polícia acredita, segundo a perícia e as informações que recebeu, que um banho quente foi o que causou as queimaduras. O caso foi registrado inicialmente como crime de lesão corporal grave. A investigação da 78ª DP (Fonseca) também pode se estender para uma “condescendência criminosa” ou prevaricação por parte da administração da unidade de saúde.

Com a morte de Juliana, a Polícia Civil informou que o crime passa a ser investigado como homicídio culposo. À TV Globo, o delegado Luiz Jorge, responsável pela investigação, falou que a enfermeira vai responder por homicídio culposo qualificado.

De acordo com a mãe de Juliana, no mesmo dia do incidente ela foi para casa para tomar banho. Quando recebeu a notícia de que algo havia acontecido com a filha, ela voltou correndo para o hospital. A mãe chegou a passar mal.
A Polícia Civil aponta que os gestores do hospital deveriam ter informado imediatamente às autoridades ou aos parentes sobre o ocorrido com a criança.

A família diz achar estranho o motivo ser um banho quente. Segundo a mãe da bebê, por conta dos problemas de saúde, Juliana só tomava banho no leito e que, durante toda a internação no CTI, ela nunca viu a filha tomar banho em um balde.

Luara afirmou ainda que, se a bebê tivesse sido colocada dentro de uma bacia com água quente, ela teria ainda mais queimaduras, não só na parte da frente do corpo.
A polícia também ouviu a direção do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho e funcionários que cuidaram da menina. Segundo a família, houve demora para liberar as informações do prontuário da criança.