Diana Pires
Cerca de 300 aprovados de um concurso de 2014 da Polícia Militar realizaram, na manhã de ontem, um protesto em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Parte dos manifestantes entrou no Palácio, mas não foi recebida pelo governador.
Uma parte do grupo, formado por mulheres, esteve presente para cobrar que as vagas masculinas que sobraram sejam preenchida por mulheres, conforme lei sancionada em abril do ano passado. Algumas apontam machismo no caso.
“Somos mulheres já aprovadas no concurso de 2014. Eram 5.400 vagas masculinas e 600 vagas femininas. Essas, ao longo do tempo, foram preenchidas. Mas em 2019 conseguimos que fosse aprovada uma lei para que, caso as vagas masculinas sobrassem, as mulheres aprovadas preenchessem. Só falta a gente ser chamada para fazer as etapas. Mas acho que por sermos mulheres, não anda. Estamos esquecidas”, afirmou Roberta Dias, uma das aprovadas.
Outro grupo presente, de 181 concursados, ultrapassou o limite de idade para entrar na corporação – 30 anos -, e acusam a própria organização do concurso pelo atraso. “Em dezembro de 2013 abriu um concurso, recolheram nossas inscrições. Em janeiro, cancelaram o concurso e não devolveram o dinheiro de muitos. Cinco meses depois reabriram, mas nesse período, boa parte de nós completou a idade limite de 30 anos. Muitos de nós fomos reprovados por dois dias, quinze dias. Por um erro deles”, diz Diego Mota.