Uma auditoria realizada pela Secretaria Estadual de Defesa Civil apontou um sobrepreço de R$ 2,6 milhões em dois contratos emergenciais — sem licitação — de compras do Corpo de Bombeiros durante a pandemia da Covid-19.
Em algumas aquisições, os produtos custaram até quatro vezes mais do que o valor de mercado.
Um dos acordos com suspeita de irregularidades foi firmado com a MV Gonçalves, empresa que tem sede comercial no Centro do Rio. A contratada para fornecer material de limpeza e higiene atua, na verdade, no ramo de alimentos, equipamentos elétricos e aparelhos eletrônicos. O valor do acordo é de R$ 4 milhões, sem licitação.
O capital social da empresa escolhida, avaliado em R$ 100 mil, também chamou atenção dos auditores. O valor corresponde a menos de 3% do que foi empenhado no contrato.
Outro contrato do Corpo de Bombeiros que apontou supostas irregularidades foi firmado para abastecer unidades de saúde da corporação, como o Hospital Central. Nesse pente-fino feito pela secretaria de Defesa Civil, os auditores descobriram que alguns produtos custaram até quatro vezes mais do que a média.