Vereadores devem votar amanhã se Gabriel Monteiro perderá mandato por quebra de decoro – Povo na Rua
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Vereadores devem votar amanhã se Gabriel Monteiro perderá mandato por quebra de decoro

A Câmara do Rio deve deliberar amanhã sobre o processo de cassação do mandato do vereador Gabriel Monteiro (PL) por quebra de decoro. Ontem, a 48 horas da decisão, ele estava isolado na sessão realizada na Casa. O político permaneceu do lado direito do plenário quase todo o tempo manuseando o celular, enquanto a maioria dos colegas se concentrava do outro lado. Entre os raros interlocutores, estava Chagas Bola (União Brasil), o único que na semana passada usou os microfones para contestar a posição do Conselho de Ética que propôs a perda de mandato.

A sessão de ontem durou apenas 35 minutos. Logo depois, boa parte dos parlamentares se reuniu com o presidente da Casa, Carlo Caiado (sem partido), para discutir detalhes da reunião de amanhã em que o pedido de cassação de Monteiro será votado. O político do PL, alvo do processo, não participou.

Hoje à tarde, a Comissão de Constituição e Justiça se reunirá para deliberar se acata ou não o recurso da defesa de Monteiro contra a decisão do Conselho de Ética. A tendência é pela rejeição. Amanhã, para ser aprovado, o parecer do Conselho de Ética precisa de 34 votos (dois terços da Casa). Monteiro é acusado de expor duas crianças em situação de vulnerabilidade em produções que faz para suas redes sociais e de filmar sua relação sexual com uma adolescente de 15 anos — os casos se enquadram em crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O vereador responde ainda pela agressão a um morador de rua cometida por seu segurança durante uma dessas filmagens.

Durante o processo na Comissão de Ética, Sandra Neder, de 66 anos, que era empregada doméstica de Monteiro, contou que tinha uma segunda função: atuava como “atriz” nas filmagens que o vereador publicava em suas redes, o que ele chama de “experimentos sociais”. Numa das cenas, na Lapa, ela se passou por uma cega e cadeirante, que a filha queria matar. Ela contou ainda aos vereadores da comissão que conheceu a jovem de 15 anos que foi filmada fazendo sexo com o vereador:

— Essa menina ia quase todo dia para a casa do Gabriel. Chegava de uniforme e almoçava lá. Tinha cara de criança. É impossível que ele achasse que ela fosse maior de idade. Outras mulheres frequentavam o ambiente. Algumas circulavam entre o quarto dele e outros cômodos de calcinha e sutiã na frente de todos.

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