Parado há seis anos por falta de verbas, o teleférico do Morro da Providência poderá voltar a circular. A previsão da prefeitura é que as gôndolas estejam cruzando a favela no Centro do Rio em meados de 2023. Desde sexta-feira passada, técnicos da empresa austríaca Doppelmayr (fabricante da estrutura) testam os equipamentos para verificar as condições de conservação do sistema. Para avaliação, os motores do teleférico foram religados ontem na estação da Gamboa, onde também estão guardadas as 16 gôndolas usadas no transporte.
O presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Gustavo Guerrante, diz que será mantida a gratuidade das passagens, modelo adotado nos dois anos em que operou (de 2014 a 2016):
— O sistema não é autossustentável. O custo de operação é de R$ 1,5 milhão por mês. O que vamos avaliar é se haverá possibilidade de parcerias com a iniciativa privada, algum tipo de patrocínio.
Mudanças no mapa
O diagnóstico vai determinar se haverá necessidade de substituir engrenagens ou outras peças. Só assim a prefeitura vai ter noção do custo total da revitalização. O que o município já sabe é que precisará gastar pelo menos R$ 5,7 milhões na reforma física das três estações (Américo Brum, Gamboa e Central).
Nessa conta, estão a recuperação de fachadas e a substituição de vidros quebrados, bem como a revisão dos elevadores. O sistema ficou parado tanto tempo que até a sinalização de orientação dos passageiros terá que ser trocada. De 2014, os mapas exibidos nas estações mostram um Centro do Rio bem diferente: não aparecem ali, por exemplo, a Yup Star Rio (a roda-gigante do Porto), as três linhas do VLT (não estavam prontas) e até prédios novos, como o Acqwa Corporate, inaugurado em 2021.
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