Na noite de hoje, a passarela do samba vai brilhar e ferver com os desfiles das Escolas da Série Ouro do Carnaval Carioca. Sete agremiações desfilam nesta quarta-feira, e a primeira rainha de bateria a cruzar o Sambódromo, após dois anos de paralisação por conta da pandemia da Covid-19, é a nicaraguense Tania Daley, pela Em Cima da Hora.
Primeira rainha de bateria latinoaméricana da história do Carnaval Carioca, Tania Daley vive em Nova Orleans, e é campeã mundial de salsa. Ela ainda é professora e tem sua própria academia, onde dá aulas de salsa, mas também de outros rítimos e, claro, samba.
Cada agremiação terá o mínimo de 45 minutos e o máximo 55 minutos para passar pela Avenida. Hoje se apresentam: Em Cima da Hora, Acadêmicos do Cubango, Unidos da Ponte, Porto da Pedra, União da Ilha, Unidos de Bangu e Acadêmicos do Sossego.
“Sempre fui dançariana profissional e amo o que faço. Conheci uma brasileira que me convidou para seu gurpo de samba e, em 2015, fui a um ensaio de escola de samba Carioca e me apaixonei. Eu amo o Carnaval, eu amo o samba. Voltei ao Rio de Janeiro outras vezes com o meu próprio grupo de samba e me apresentei em algumas escolas. Agora, estou como Rainha de Bateria da Em Cima da Hora e é uma emoção imensa, algo muito especial. Eu semprei sonhei dançar à frente de uma bateria”, contou emocionada.
Desde novembro do ano passado, quando veio ao Brasil para ser coroada pela agremiação, ela sempre cumpriu sua agenda de ensaios para o Carnaval.
Enredo
Em Cima da Hora vem com o enredo “33 – Destino Dom Pedro II”, uma reedição do Carnaval de 1984, quando a escola desfilou na estreia do Sambódromo pelo grupo 1-B (segunda divisão). Apesar de ter 38 anos, o samba, regravado por Jovelina Pérola Negra no álbum Sangue Bom (1991), continua atual e tece uma crônica das viagens de trem enfrentadas pelos trabalhadores para ganhar o pão na capital. “Dom Pedro II” era o nome da estação de trem que em 1899 passou a se chamar Central do Brasil.
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