Com a comunicação assumindo diferentes formatos na sociedade, praticamente todas as profissões estão tendo que se modernizar e reinventar.
Mas, muitas vezes a acessibilidade na comunicação com a comunidade surda é um obstáculo.
Nesta semana, a 35°DP (Campo Grande) recebeu um casal de surdos que precisava registrar uma ocorrência e, por intermédio do delegado Davi Rodrigues, o casal foi atendido por meio de vídeo chamada com um intérprete de libras. Há mais de 20 anos na polícia civil, o delegado, juntamente com sua esposa, Dra. Michelle Haubrichs, médica que atuou por muito tempo em UPAs e Clínicas da Família, sentiram a necessidade de melhorar a comunicação com esta parte da população que muitas vezes fica esquecida, os surdos.
“O surdo tem uma grande dificuldade de assistência. Eles carecem de políticas públicas para ter acesso a serviços de emergência no Estado. Através deste serviço eles conseguem ter seu direito”, disse o delegado.
Cerca de 10 milhões de brasileiros possuem dificuldades para se comunicar em locais de atendimento público.
O casal afirmou que é de extrema importância que a população surda tenha mais acessibilidade aos serviços públicos.
Com o objetivo de proporcionar uma comunicação mais hábil nas delegacias de polícia do Estado, foi implantado em novembro do ano passado, o projeto Voz do Silêncio.
Em parceria com a Secretaria de Estado e a Polícia Civil, foi firmado um convênio com o Instituto Acessibilidade e Voz, estando disponível em todas as delegacias da Polícia Civil, o acesso à intérpretes de Libras, a fim de garantir a preservação da identidade das pessoas e comunidades surdas.
A ONG Acessibilidade e Voz pretende no futuro próximo, treinar servidores públicos para que saibam se comunicar através de Libras.
O serviço faz parte do projeto Voz do Silêncio, que funciona diariamente das 8h às 20h.
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